As cirurgias a laser para cálculos renais, conhecidas como litotripsia a laser, são usadas para tratar pedras nos rins que não podem ser eliminadas naturalmente. O procedimento envolve a inserção de um endoscópio fino pela uretra até o rim. Um feixe de laser é então utilizado para quebrar as pedras em fragmentos menores, que podem ser eliminados pela urina. Por exemplo, se uma pessoa tem uma pedra de 1 cm, o laser pode fragmentá-la em pedaços de 1 mm, facilitando sua eliminação. Esse método é menos invasivo do que a cirurgia aberta tradicional, resultando em menos dor e uma recuperação mais rápida

Cirurgias da bexiga podem ser necessárias para tratar diversas condições, como câncer de bexiga, cálculos vesicais ou problemas estruturais. Uma cirurgia comum é a ressecção transuretral de tumor de bexiga (RTU-B), onde um instrumento é inserido pela uretra para remover tumores da bexiga. Outro exemplo é a cistectomia, que pode ser parcial ou total, usada para remover parte ou toda a bexiga em casos de câncer. Após uma cistectomia total, uma nova forma de armazenar e eliminar a urina precisa ser criada, como uma neobexiga ou um urostoma.

Cirurgias de próstata são frequentemente realizadas para tratar câncer de próstata ou hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o aumento benigno da próstata. Um procedimento comum é a ressecção transuretral da próstata (RTUP), onde o excesso de tecido prostático é removido para aliviar sintomas urinários. Em casos de câncer, pode ser necessária uma prostatectomia radical, onde toda a próstata é removida.

Cirurgias para incontinência urinária são realizadas para corrigir problemas de vazamento involuntário de urina. Um exemplo é a cirurgia de sling, onde uma tela sintética é colocada sob a uretra para dar suporte e prevenir vazamentos. Outro exemplo é a cirurgia de implante de esfíncter artificial. Essa cirurgia geralmente é realizada na incontinência urinária masculina quando é colocado um dispositivo em torno da uretra que pode ser acionado e desativado através de um botão (pump) que fica localizado na bolsa escrotal.

Cirurgias para infertilidade masculina visam corrigir problemas que impedem a produção ou a passagem de espermatozoides. Um procedimento comum é a varicocelectomia, que trata a varicocele (varizes no escroto) que pode afetar a produção de espermatozoides. Outra cirurgia é a reversão de vasectomia, onde os canais deferentes são reconectados para permitir a passagem dos espermatozoides. Por exemplo, um homem com varicocele pode passar por uma varicocelectomia para melhorar sua contagem e a qualidade dos espermatozoides e aumentar as chances de concepção.

Cirurgias videolaparoscópicas e robóticas são técnicas minimamente invasivas que utilizam pequenas incisões e uma câmera para guiar o cirurgião. A cirurgia robótica, como a realizada com o sistema Da Vinci, permite movimentos precisos com menor invasividade. Esses métodos são usados em procedimentos como nefrectomia (remoção do rim) ou prostatectomia (remoção da próstata). Por exemplo, um paciente com câncer renal pode ser tratado com uma nefrectomia robótica, resultando em menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida comparada à cirurgia aberta tradicional.

Próteses penianas são dispositivos implantados cirurgicamente no pênis para tratar disfunção erétil. Existem dois tipos principais: próteses infláveis e próteses maleáveis. As próteses infláveis permitem ao homem controlar quando ter uma ereção, enchendo os cilindros com uma bomba manual implantada no escroto. As próteses maleáveis mantêm o pênis em uma posição semi-rígida. Por exemplo, um homem com disfunção erétil grave, que não responde a medicamentos, pode optar por uma prótese inflável para restaurar a função sexual.

A vasectomia é um método de esterilização masculina, onde os canais deferentes, que transportam espermatozoides do testículo ao pênis, são cortados ou bloqueados. O procedimento é simples e rápido, realizado sob anestesia local. Após a vasectomia, o homem continua a ejacular, mas sem espermatozoides, prevenindo a gravidez.