Câncer de bexiga: sintomas, diagnóstico, tratamento e mais

O câncer de bexiga pode atingir homens e mulheres, e apresentar diferentes sintomas. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

O câncer de bexiga é um dos mais frequentes relacionado ao trato urinário. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam cerca de 10,5 mil novos casos a cada ano, até 2023.

Apesar de não ser uma doença tão frequente, é preciso atenção aos possíveis sintomas, para garantir um diagnóstico precoce. Neste conteúdo, reunimos as principais informações sobre câncer de bexiga. Vamos falar dos sintomas, fatores de risco, tratamento e mais. Continue a leitura!

 

Sinais e sintomas do câncer de bexiga

O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina, também chamada de hematúria. Além disso, o paciente pode apresentar alterações na micção:

  • Ardência ou dor ao urinar;
  • Sensação de urgência para urinar;
  • Aumento na frequência urinária.

 

Esses sintomas, além de indicarem a presença de câncer de bexiga, também podem ser indicativos de outras doenças e inflamações. Por isso, o acompanhamento com médico urologista é essencial para o diagnóstico e tratamento corretos.

Já quando está em fases mais avançadas, o paciente com câncer de bexiga pode apresentar sintomas como:

  • Dor lombar frequente;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Fraqueza constante;
  • Dificuldade de urinar;
  • Dor óssea.

 

Fatores de risco do câncer de bexiga

Existem diversos fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa ter câncer de bexiga. Esses sintomas envolvem desde hábitos do dia a dia, até fatores genéticos e hereditários, conheça os principais:

 

Tabagismo: esse é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Estudos indicam que fumantes têm cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga do que pessoas não fumantes.

Raça: não existe uma razão conhecida para isso, mas o câncer de bexiga é mais comum em pessoas brancas do que em pessoas negras.

Gênero: O câncer de bexiga é mais comum em homens do que em mulheres.

Idade: a presença da doença se torna mais comum conforme a idade avança. Grande parte dos diagnósticos ocorre em idosos.

Exposição ocupacional: a exposição a diversos compostos químicos, como aminas aromáticas, azocorantes, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, fumo e poeira de metais, agrotóxicos entre outros, aumentam a chance de desenvolver este tipo de tumor.

 

Classificação: invasivo ou não invasivo

Existem três diferentes tipos de câncer que começam a se desenvolver nas células que revestem a bexiga. São eles:

Carcinoma de células de transição: é a maior parcela de casos de câncer, se inicia nas células uroteliais, responsáveis pelo revestimento da bexiga.

Carcinoma de células escamosas: neste caso, as células delgadas e planas, que podem aparecer no órgão após período de inflamação prolongada são afetadas. 

Adenocarcinoma: este tipo de tumor tem seu início na células de secreção, chamadas de glandulares, que podem surgir na bexiga após períodos prolongados de inflamação. 

Quando o câncer fica limitado ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de não invasivo, ou superficial. Já se ocorre o desenvolvimento do tumor, atingindo os músculos do órgão e também órgãos próximos, como a próstata, ele é considerado um câncer invasivo. 

 

Diagnóstico do câncer de bexiga

O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura da doença. Normalmente, episódios de hematúria e histórico de tabagismo ou exposição ocupacional a produtos cancerígenos nos leva a suspeita. Exames de urina, a ultrassonografia ou tomografia auxiliam no diagnóstico.

A cistoscopia é o principal exame a ser solicitado. Trata-se de uma endoscopia da bexiga. Durante a realização do exame, células podem ser retiradas para a realização de biópsia e confirmação do diagnóstico.

 

Tratamento do câncer de bexiga

A definição do melhor tratamento para o câncer de bexiga vai depender da análise individual de cada paciente por parte do médico responsável. Para isso, deve ser considerado o estadiamento da doença, ou seja, qual a extensão do tumor, e se ele é considerado invasivo ou não invasivo. 

Tratamento para tumor não invasivo

Quando o tumor não é invasivo, ou seja, se concentra apenas no tecido de revestimento do órgão, o tratamento recomendado é a realização de Ressecção Transuretral Endoscópica.

Por meio de um procedimento de raspagem, o tumor é retirado por via endoscópica, com um aparelho inserido na uretra, sem necessidade de incisão cirúrgica.

Após o procedimento de raspagem, é realizada a aplicação de vacina BCG dentro da bexiga, com o objetivo de estimular o sistema imunológico a combater possíveis células que tenham restado após a raspagem do tumor.

 

Tratamento para tumor invasivo

Para tumores invasivos, ou seja, aqueles que já atingiram o músculo da bexiga, ou órgãos próximos, o tratamento recomendado é a realização de cirurgia de cistectomia (retirada de toda a bexiga), associada a realização de sessões de quimioterapia. Em alguns casos, ao invés da cirurgia pode ser recomendada a realização da radioterapia em conjunto com a quimioterapia. 

Com o avanço da doença, atingindo outros órgãos, o tratamento inclui quimioterapia para controle. Em conjunto com o paciente, também podem ser definidas outras formas de tratamento, a depender do estágio da doença.

 

Derivações urinárias

Quando existe a necessidade da retirada da bexiga, torna-se necessário reconstruir o trato urinário. Essa reconstrução pode ser realizada de formas distintas, a depender da avaliação médica, mas as formas mais comuns são:

 

Ureterostomia Cutânea

É considerada a forma mais simples de derivação urinária, nestes casos, os canais que ligam os rins a bexiga, chamados de ureteres são colocados na parte externa da pele. Por conta disso, torna-se necessário o uso de bolsas atreladas à pele para armazenar a urina.

 

Reconstrução à Bricker

Neste caso, os ureteres são implantados em um segmento do intestino e então  exteriorizado na pele, servindo como condutor para a passagem da urina. O paciente precisa utilizar uma bolsa coletora aderida à pele para armazenar a urina.

 

Neobexiga

Trata-se da construção de uma nova bexiga utilizando parte das alças intestinais. Os ureteres e a uretra então são conectados a esse novo reservatório que passa a armazenar a urina. Uma das grandes vantagens deste método é que o paciente não precisa utilizar bolsa coletora.

 

Acompanhamento e recidivas

Após o encerramento do tratamento, é necessário que o paciente realize acompanhamento médico durante alguns anos para verificar seu estado de saúde e também uma possível recidiva. Normalmente são solicitados exames de laboratório e cistoscopia durante o acompanhamento do paciente.

Existe a possibilidade de após a cura, o paciente desenvolver recidiva. Manter hábitos de vida saudáveis e não fumar é essencial para evitar esta situação.

 

Em caso de apresentar sintomas, é necessário realizar acompanhamento com urologista para correto diagnóstico. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura da doença. Ficou com alguma dúvida? Clique aqui e agende sua consulta!

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O Dr Vitor é médico urologista e está disponível para falar com você por whatsapp!

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